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Um a cada três moradores de Santa Fé do Sul está com contas em atraso

Um a cada três moradores de Santa Fé do Sul está com contas em atraso
08.09.2021     Fonte: Informações Diário da Regiao

Um em cada três moradores de Santa Fé do Sul está com as contas atrasadas. É o que revela levantamento da Serasa. Ao todo, são 577.246 inadimplentes num universo de 1,8 milhão de habitantes de 117 cidades do Noroeste Paulista. Somente em Rio Preto, 163 mil pessoas não conseguiram pagar suas contas no prazo. O cenário é reflexo do momento pandêmico: inflação em alta, desemprego e renda achatada.

Para se tornar um inadimplente, segundo a Serasa, o consumidor precisa ter ao mínimo uma dívida em aberto. Ou seja, a pessoa tem uma conta de água para acertar no dia 10, mas não pagou. Automaticamente, a partir do dia seguinte é considerada inadimplente até acertar o pagamento.

Segundo a gerente da Serasa, Nathalia Dirani, a inadimplência cresceu durante a pandemia. Contudo, seja pela baixa renda ou por falta de educação financeira, o brasileiro já está acostumado a viver no limite das suas finanças. “Na análise das principais causas das dívidas em julho, o destaque continua com bancos e cartões de crédito, que seguem como o principal fator de inadimplência no País (29%). Na sequência, temos energia elétrica, gás, água e saneamento, com 24% e varejo com 13%”.

Para o professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Ricardo Teixeira, a região de Rio Preto está dentro da média nacional, visto a crise provocada pela pandemia. “Muita gente teve salário reduzido ou perdeu o emprego. Sem contar que, com as pessoas ficando mais tempo em casa, tivemos adicionais nas despesas e, logicamente, houve um descompasso nas contas”.

Dados do Mapa da Inadimplência e Renegociações de Dívidas da Serasa mostram que há pouca diferença entre os gêneros. Em média, as mulheres representam 50,1% e os homens, 49,9%.

“A pandemia provocou um efeito dominó em várias famílias brasileiras. Por exemplo, o pai tinha boa renda e a esposa cuidava do filho. Com as restrições, o restaurante fechou e a renda da família caiu. Em outros casos, a avó ou avô era a principal renda da casa e morreu por conta da Covid-19. Em consequência, a família ficou com dificuldade para honrar as dívidas”, apontou o professor de contabilidade da Universidade de São Paulo (USP), Luiz Jurandir Simões de Araújo.

A Serasa aponta que em algumas cidades a taxa de inadimplência é ainda maior que a média regional e chega a corresponder a mais de 50% da população. É o caso de Cedral, onde um em cada dois moradores tem contas em atraso. Em contrapartida, Novais tem a menor taxa. Lá, 17% da população está com débitos - um em cada cinco moradores.

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