A ação também pede que a Justiça obrigue o Facebook a tirar do ar vídeos em que a protetora de animais aparece acusando o cantor de maus-tratos. Pede ainda ela se abstenha de mencionar Zé Neto em novas publicações, seja em vídeo, imagem ou material de "qualquer gênero", sob pena de multa de até R$ 40 mil. Os advogados do sertanejo também pedem uma retratação pública, com ampla divulgação nas redes sociais da ativista.
Cantor nega maus-tratos
Os advogados de Zé Neto acusam Luisa Mell de "sensacionalismo" e de utilizar "maliciosamente" vídeos e fotos de cavalos vítimas de maus-tratos, associando as imagens ao cantor. "O vídeo (...), sem nenhuma dúvida, é sensacionalista e tece inverdades a respeito do autor (Zé Netor), associando seu nome e imagem a condutas criminosas e que causam repulsa social, prejudicando-lhe sobremaneira a imagem, reputação e honra", diz trecho da ação.
A defesa de Zé Neto nega maus-tratos aos animais usados na romaria e diz que a caravana percorreu aproximadamente 141 quilômetros em cinco dias. "Nesse ano, de maneira específica, a caravana andou em média de 25 a 35 quilômetros por dia, somente meio período, qual seja o matutino. Todos os dias foram realizadas paradas em pousadas diferentes para o descanso de todos, sendo que os animais foram tratados, em cada um dos dias, com feno e ração, hidratação, além do descanso, ressaltando-se, quanto a esse último ponto, que só andaram meio período do dia", diz.
A inicial afirma ainda que a romaria foi acompanhada por dois médicos veterinários, que zelaram pela "preservação do bem-estar e da saúde dos animais" e que foram levados medicamentos, suplementos, vitaminas para os bichos.
"Ressalta-se que cada um dos integrantes andava somente em 1 (um) animal por dia, sendo eles revezados entre os próprios dias, prezando pelo bem-estar animal. Como se percebe, foram observadas todas as normas de segurança e de proteção animal, não havendo que se falar em maus-tratos, ou abuso dos muares", completa o documento.
Zé Neto concluiu a romaria em Aparecida, onde foi recebido por uma multidão (Reprodução/Instagram)
Juiz nega sigilo, mas manda remover vídeos
O juiz Gustavo Henrique Bretas Marzagão negou o pedido formulado pelos advogados de Zé Neto para colocar o processo em segredo de justiça. Isso porque o magistrado entendeu que os fatos em discussão "são de domínio público, uma vez que ocorreram em rede social de elevado alcance e já foram visualizados por quase 3 milhões de pessoas".