A prefeitura de Lençóis Paulista, no interior de São Paulo, anunciou nesta 4ª feira (19.jan.2021) a suspensão da vacinação de crianças contra a covid-19 pelos próximos 7 dias. A decisão foi tomada depois de uma criança de 10 anos sofrer uma parada cardíaca 12 horas depois de receber a dose pediátrica da Pfizer, segundo a gestão municipal. Em nota, a prefeitura afirmou que, de acordo com a família, a criança está estável. Ela foi levada para uma clínica particular, onde foi reanimada, depois foi transferida para um hospital em Botucatu, onde permanece sob observação.
O comitê local de enfrentamento à covid-19 destacou que “não existe dúvida sobre a importância da vacinação infantil, mas diante do ocorrido será dado esse prazo para o acompanhamento e monitoramento diário das 46 crianças lençoenses vacinadas até o momento”. A decisão vale por uma semana para imunização de crianças entre 5 e 11 anos. Pais ou responsáveis que desejam vacinar seus filhos antes da retomada da aplicação devem ligar na Central de Saúde para realizar o agendamento. A vacinação em adultos segue normal.
A Secretaria de Estado da Saúde afirmou em nota que o CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica) está acompanhando e analisará o caso. “Todos os casos de eventos adversos são analisados por uma comissão de especialistas antes de qualquer confirmação”. Completou: “É, portanto, precipitado e irresponsável afirmar que o caso do município está associado à vacinação. Na maioria das vezes, os casos de eventos adversos pós-vacinação são coincidentes, sem qualquer relação causal com o imunizante”.
Vacinação infantil Em 16 de dezembro de 2021, a Anvisa aprovou a indicação da vacina contra a covid da Pfizer para crianças. Segundo a agência, a aprovação veio depois de uma análise técnica criteriosa de dados e estudos clínicos conduzidos pelo laboratório, na qual se atestou que o imunizante é seguro e eficaz para o público infantil. Depois de entraves e atritos entre a agência e governo federal, as primeiras doses para vacinação de crianças chegaram ao Brasil na 5ª feira (13.jan.2021). O ministro Marcelo Queiroga foi pessoalmente receber as doses em São Paulo.
A 1ª criança vacinada contra covid-19 no Brasil foi o indígena Davi, 8 anos. Ele faz parte da etnia xavante, de Mato Grosso do Sul. A imunização ocorreu em evento promovido pelo governo de São Paulo, com a presença do governador João Doria (PSDB). A maioria das capitais seguiu a orientação do governo e iniciou a imunização por crianças com comorbidades, síndromes e doenças crônicas, além de indígenas e quilombolas.
Leia a nota da prefeitura de Lençóis Paulista:
“O Comitê de Enfrentamento à Covid-19, em reunião extraordinária, realizada na tarde desta quarta-feira, 19 de janeiro, determinou a suspensão da vacinação de crianças entre 5 e 11 anos por sete dias, em livre demanda. Pais ou responsáveis que desejam vacinar seus filhos antes da retomada da aplicação, devem ligar na Central Saúde para realizar agendamento. A manifestação do Comitê acontece após uma criança de 10 anos sofrer uma parada cardíaca 12 horas após receber a dose pediátrica da vacina Pfizer.
Ela foi levada para uma clínica particular, onde foi reanimada, depois foi transferida para um hospital em Botucatu, onde permanece sob observação,
O comitê local de enfrentamento à covid-19 destacou que “não existe dúvida sobre a importância da vacinação infantil, mas diante do ocorrido será dado esse prazo para o acompanhamento e monitoramento diário das 46 crianças lençoenses vacinadas até o momento”. A decisão vale por uma semana para imunização de crianças entre 5 e 11 anos. Pais ou responsáveis que desejam vacinar seus filhos antes da retomada da aplicação devem ligar na Central de Saúde para realizar o agendamento. A vacinação em adultos segue normal.
A Secretaria de Estado da Saúde afirmou em nota que o CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica) está acompanhando e analisará o caso. “Todos os casos de eventos adversos são analisados por uma comissão de especialistas antes de qualquer confirmação”. Completou: “É, portanto, precipitado e irresponsável afirmar que o caso do município está associado à vacinação. Na maioria das vezes, os casos de eventos adversos pós-vacinação são coincidentes, sem qualquer relação causal com o imunizante”.