Quem vai comprar um eletrodoméstico sempre costuma observar o selo que mostra o quanto ele gasta de energia, mas também existe uma classificação de ruído que pouca gente presta atenção. Mas a partir do ano que vem, o selo será modificado pelo Inmetro e o novo modelo deve vir obrigatoriamente em três dos eletrodomésticos que mais emitem sons: os secadores de cabelo, liquidificadores e os aspiradores de pó.
Na etiqueta deve constar a classificação de níveis de decibéis emitidos numa escala de 1 a 5. “O consumidor pode procurar a partir do momento que é lei o selo, e com certeza vai melhorar a qualidade de vida dos consumidores”, diz o gerente de loja Luciano Marques.
Além disso, ele terá de ser claro e fácil de entender aos consumidores. “Hoje em dia, quanto mais silencioso melhor. Na hora de comprar, sempre ficamos atentos neste tipo de problema”, diz o consumidor Rodrigo de Alcântara, que é de Araçatuba (SP).
A Organização Mundial de Saúde afirma que a poluição sonora é a terceira maior do meio ambiente, perdendo apenas para a poluição da água e do mar. Ela até pode ser inofensiva aos ouvidos, que têm mecanismos de proteção contra altos ruídos, mas, não por muito tempo.
Dependendo da exposição, os danos podem ser até irreversíveis. “O ruído pode causar uma lesão com comprometendo a audição. Acima de 65 decibéis já causa um estresse, e isso causa aumento da pressão arterial, frequência cardíaca, pode até trazer insônia, principalmente em sons intensos”, afirma o otorrinolaringologista Henrique Cesar Pereira.
Na oficina de assistência técnica de Sávio dos Santos a maioria dos aparelhos está lá pelo mesmo motivo: o barulho. “Grande parte da população reclama realmente do barulho, como os aparelhos novos estão mais potentes, o barulho também aumenta”, afirma o técnico em eletrodomésticos Sávio dos Santos.