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Mulher liberada de UPA que morreu após ser agredida na cabeça pelo ex estava com coágulo de sangue no cérebro, diz mãe à polícia

Mulher liberada de UPA que morreu após ser agredida na cabeça pelo ex estava com coágulo de sangue no cérebro, diz mãe à polícia
14.03.2024     Fonte: G1

A mulher que morreu após ser agredida na cabeça pelo ex-companheiro passou por atendimento em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que, segundo relato da mãe à polícia, constatou um coágulo de sangue no cérebro, mas recebeu alta em Andradina (SP). O suspeito foi preso temporariamente na noite de quarta-feira (13)

Segundo o boletim de ocorrência, o crime aconteceu no sábado (9). Wanessa Rodrigues, de 28 anos, foi agredida pelo suspeito, de 24, na casa dela, após recusar ter relações sexuais com ele. A mulher fugiu e procurou atendimento médico na UPA, mas foi liberada no mesmo dia.

À polícia, a mãe da vítima contou que, na madrugada de domingo (10), ela vomitou e reclamou de dores na cabeça.

Por isso, a levou para a UPA novamente, onde foi informada de que o médico constatou o coágulo e disse que ela seria internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ou poderia ser transferida para a Santa Casa.

Contudo, na madrugada de segunda-feira (11), o médico que atendeu Wanessa a deu alta e recomendou que ela procurasse uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para continuidade no tratamento. A vítima, então, foi levada para a casa.

No local, segundo a mãe relatou, Wanessa se sentiu mal, desnorteada, não conseguia se manter em pé e se comunicar de forma correta. Ela não resistiu e morreu na terça-feira (12).

De acordo com o apurado pela TV TEM, o irmão da vítima disse que o ex-companheiro bateu a cabeça dela contra a parede várias vezes.

Em nota, a Prefeitura de Andradina informou que os procedimentos foram realizados seguindo os protocolos instituídos para o quadro clínico.

No prontuário médico, descrito pela prefeitura, consta que Wanessa deu entrada na UPA com um corte e hematoma na sobrancelha, bem como outro no couro cabeludo. Ela estava estável, sem sinais de hemorragia, foi medicada e liberada.

Conforme a prefeitura, ainda consta que Wanessa retornou no dia seguinte com vômito e dor na cabeça. Ela passou por exames de raio-x e tomografia, que não apontaram fratura, trauma ou sangramento.

À noite, o médico excluiu o diagnóstico de hemorragia cerebral e, com a tomografia do crânio, suspeitou de um adenoma de hipófise - tumores que afetam a hipófise, uma glândula.

Em seguida, o médico deu alta para a paciente e recomendou o acompanhamento na UBS com a neurologia e tratamento de uma infecção urinária.

O corpo de Wanessa foi velado e enterrado na quarta-feira (13). A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) investiga o feminicídio.