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Dia Mundial da Conscientização do Autismo: conheça a escola do interior de SP que se destaca no ensino adaptado para alunos com TEA

Dia Mundial da Conscientização do Autismo: conheça a escola do interior de SP que se destaca no ensino adaptado para alunos com TEA
02.04.2024     Fonte: G1

Qual o objetivo de uma escola se não ensinar, contribuir com a socialização dos alunos e formar um cidadão? Em uma unidade de ensino de São José do Rio Preto (SP) a metodologia vai além, pois leva à inclusão e desenvolvimento de estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

A Escola Estadual Alzira do Vale Rollemberg é um exemplo no quesito ensino adaptado. Além de educadores capacitados, o prédio possui infraestrutura convidativa e que contribui com o ensino inclusivo.

Um dos espaços mais frequentados por professores e alunos é um jardim que auxilia no desenvolvimento sensorial. O espaço verde é utilizado na maioria das aulas com alunos especiais, que também cuidam das plantas.

A estudante Emilly Sara Rodrigues dos Santos, de 14 anos, passou a gostar ainda mais de geografia quando a professora usou o local para explicar sobre o Mapa Mundi, nascer e pôr do sol.

"Foi muito mais demonstrativo, fica bem mais fácil e legal de se entender", explica. "É muita coisa para digerir dentro da sala, aqui fora eu consigo entender bem melhor. As aulas aqui passam uma sensação de liberdade."

Para a professora Sandra Zanatta Rodrigues Galavotti, o foco das aulas e da escola é trabalhar a empatia entre alunos, o que também contribui para o desenvolvimento sensorial e social dos estudantes.

"Eu fui aprendendo a lidar com as dificuldades de cada um e projeto minhas aulas baseadas nessas necessidades", afirma.

Sandra também conta que, para desenvolver as aulas, recebe ajuda de uma Profissional Especializada em Currículo (PEC) da Diretoria de Ensino de Rio Preto.

Segundo a coordenadora da escola, Claudenise Marcela Risso Reggiani Arruda, os professores recebem capacitação e são orientados em uma Aula de Trabalho Pedagógico Coletivo (ATPC).

Nela, os professores fazem um relatório, de acordo com a necessidade de cada aluno. Em relação à matrícula, o único documento diferentes que os pais devem fornecer à escola é um laudo com a comprovação da deficiência do filho.

"Cada aluno recebe um atendimento especializado e a escola é adaptada para receber alunos que tenham deficiência intelectual, auditiva, múltipla e visual", conta a coordenadora.

Marli Gonçalves de Camargo Lobregati, de 40 anos, é mãe de um dos estudantes da escola. Para ela, ter o filho matriculado na instituição fez a diferença no desenvolvimento escolar.

"Meu filho mudou muito. Hoje em dia ele tem vontade de vir pra aula, ele fala dos amigos em casa. Esse tipo de coisa não acontecia, ele era um garoto muito fechado e hoje, na escola, se sente muito mais livre para ser quem ele é."