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Novo prefeito que assumiu cargo após cassação exonera 17 servidores ligados ao antecessor em Birigui

Após a 2ª cassação do mandato do então prefeito de Birigui (SP), Leandro Maffeis (Republicanos), o novo chefe do executivo, André Fermino (PP), assumiu o cargo e já mudou a equipe de governo. Fermino, que tomou posse na terça-feira (23), exonerou 17 servidores ligados ao antecessor.

Entre os profissionais que faziam parte da equipe de Maffeis e foram desligados das funções, eles ocupavam os cargos de:

• Secretário Municipal Desenvolvimento Econômico
• Diretor de Expediente e Transporte
• Assessora de Relações Institucionais
• Diretor Administração e Planejamento de Serviço Público
• Chefe da Divisão de Alto Rendimento
• Secretária Municipal de Assistência Social
• Diretora de Trânsito
• Diretora de Gestão Estratégica
• Secretária Municipal de Saúde
• Secretário Adjunto de Saúde
• Diretor Planejamento de Projetos de Eventos e Práticas Esportivas
• Diretor Contra Epidemias e endemias
• Chefe de Divisão de Atos Oficiais e Expediente
• Diretor de Desenvolvimento Urbanístico
• Secretário Municipal de Segurança Pública
• Secretário Municipal de Administração
• Comandante da Guarda Civil Municipal

De acordo com o prefeito em exercício, a previsão é que cerca de 35 a 40 cargos sejam exonerados nos próximos dias.

André Fermino disse também que uma área que deve ter uma atenção especial neste começo do mandato é o departamento de Saúde, que tem muitas reclamações dos moradores de Birigui.

A nova Secretária de Planejamento e Finanças da Prefeitura, Antônia Lucilene Ferreiro Jardim, foi anunciada nesta quarta-feira (24). No caso dela, a nomeação já foi publicada no Diário Oficial do município. Os demais cargos ainda não foram divulgados.

2ª cassação em menos de 20 dias

Pela segunda vez em menos de 20 dias, a Câmara de Vereadores cassou o prefeito de Birigui, Leandro Maffeis. Desta vez, no dia 22 de abril, a Comissão Processante (CP) analisou e aprovou o relatório que investiga o uso de placas oficiais do município no carro pessoal da primeira-dama. Cabe recurso da decisão.

Assim como há 18 dias, data da outra sessão extraordinária que investigava a denúncia de irregularidades na aquisição de combustíveis, Maffeis foi cassado. Dessa vez, por 14 votos a favor contra um.

Em 30 de janeiro do ano passado, a Câmara recebeu a denúncia de que a primeira-dama, esposa de Leandro Maffeis, estaria usando um carro com placas oficiais e que o veículo estava estacionado na frente da Secretaria de Assistência Social, local de trabalho dela.

A Guarda Civil Municipal (GCM) foi acionada e a primeira-dama justificou que o prefeito usou o carro pessoal dela para ir a São Paulo, porque o veículo oficial estava em manutenção. Ainda conforme a mulher, Leandro instalou no outro automóvel as placas oficiais, de número 002, para facilitar acesso às repartições que visitaria na capital.

A primeira-dama disse ainda que, após o marido retornar de São Paulo, ela usou o carro apenas para ir ao trabalho. As placas originais do veículo estavam no porta-malas e os agentes que registraram a ocorrência consideraram que não houve irregularidade, já que o veículo estava estacionado. Eles orientaram que fosse providenciada a instalação das placas originais.

Na CP não ficou comprovada a lesão ao patrimônio público. Contudo, a comissão entendeu que o prefeito cometeu o crime de adulteração de placas, o que configura, segundo os vereadores, a quebra de decoro parlamentar por conduta incompatível com a função.