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Pets ´rebaixados´: fisioterapia e acupuntura podem promover melhor mobilidade e qualidade de vida para pets de patas curtas

Pets ´rebaixados´: fisioterapia e acupuntura podem promover melhor mobilidade e qualidade de vida para pets de patas curtas
25.04.2024     Fonte: G1

Convenhamos que assistir memes virais de pets escorregando por escadas, caindo da cama ou tentando pular em algum lugar e não conseguindo, pode ser engraçado, mas este tipo de peripécia pode prejudicar a saúde dos nossos amiguinhos, que podem desenvolver problemas ortopédicos, neurológicos, nas articulações e na coluna.

Especialistas explicam que a fisioterapia e a acupuntura animal podem ser alternativas de tratamento para melhorar a qualidade de vida de pets que desenvolveram doenças que afetam a mobilidade, principalmente das raças "rebaixadas", que tendem a sofrer com estes problemas pela estrutura óssea.

Ao g1, a veterinária Nicoli Gabrieli Bento, de Itapetininga (SP), contou que a fisioterapia é um método que serve como tratamento principal ou adicional para diversas situações. Ela pode ser indicada para melhorar o rendimento e tratar lesões nos músculos de animais de competição, além de reabilitar pets com problemas ortopédicos, neurológicos, com doenças degenerativas como a artrose e, em alguns casos, pode evitar a realização de cirurgias.

A profissional também acrescenta, que os animais mais comuns de aparecerem para consultas com fisioterapeutas são cães e gatos, porém, este tratamento pode ser feito em animais não convencionais, como de fazendas e até de zoológicos. Entretanto, cada caso é único e a abordagem de tratamento deve ser definida apenas por um profissional habilitado.

"Dentro das condições mais vistas na fisioterapia animal, podemos citar os problemas de coluna e displasias (desenvolvimento celular fora do normal) coxofemorais. Seguindo essa ordem, algumas raças são mais predisponentes a ter problemas, tais como animais condrodistróficos, raças que se caracterizam por ter a interrupção precoce da formação óssea endocondral dos ossos longos, resultando em extremidades desproporcionalmente curtas", explica a veterinária.

 

Alguns exemplos de raças de cães com este tipo de característica citados pela veterinária seriam os Dachshund, mais conhecidos no Brasil como "salsichinhas", o pequinês, shih-tzu, corgi, o beagle, o maltêse, no caso dos gatos, o munchkin, entre outros animais.

Apesar de pets mais "curtinhos" acabarem sendo afetados com maior frequência por problemas de mobilidade, na coluna e nas articulações, qualquer animal pode desenvolver estas complicações, segundo a profissional.

??Fisioterapia completa a acupuntura

O veterinário Reynaldo Landgraf, também de Itapetininga, é especialista em acupuntura em pets e conta que a fisioterapia pode ajudar a acelerar o processo de reabilitação com a acupuntura, desta forma, um método completa o outro.

"A acupuntura trata diversas patologias, desde alterações comportamentais, alterações dermatológicas, metabólicas, renais, respiratórias, cardíacas e o 'carro chefe', alterações neurológicas", explica.

 

Reynaldo ainda salienta que qualquer paciente pode fazer acupuntura, pois não há contra indicações, desde que o tratamento seja feito por um médico veterinário especialista. No começo, os pets tendem a chegarem tensos, mas voltam relaxados para casa.

Pacientes que chegam à clínica com paresias de diversas origens, seja ela viral, como a cinomose, ou mecânica, como a doença do disco intervertebral, dores articulares em joelho, cotovelo, coxofemoral e as mais comuns, em coluna, voltam para casa relaxados, nas próximas sessões, vem muito mais animados" finaliza o veterinário.

 

??Adaptação dos lares

A veterinária Nicoli Gabrieli ainda enfatiza a importância de adaptar os lares para que os animais se sintam confortáveis para brincar, correr, escalar e se alimentar sem muita dificuldade, especialmente se tiverem alguma limitação, seja de saúde, idade ou peso.

"Essas condições citadas anteriormente (complicações e doenças relacionadas a mobilidade), podem ser evitadas com alguns cuidados diários como não deixar que o animal desça e suba escadas diariamente, que ele pule de locais altos, da cama, ficar subindo ou descendo de cadeiras também ou fique em pisos lisos demais", comenta a profissional.

Nicoli também pontua que os tutores devem considerar colocar pisos antiderrapantes em suas casas e ainda aderir aos comedouros e bebedouros ajustáveis, desta forma, problemas ortopédicos podem ser evitados e o animal se sentirá ainda mais confortável em seu lar.