A Vara da Infância e Juventude de São José do Rio Preto (SP) informou que os pais que não levarem as crianças para se vacinarem podem responder a processos na Justiça. A medida foi tomada depois que os conselhos tutelares identificarem que cerca de 500 crianças estão com vacinas atrasadas na cidade.
Diante dessa realidade, as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e as escolas de Rio Preto estão fazendo um trabalho em conjunto para identificar crianças com a carteira de vacinação atrasada e consequentemente comunicar os responsáveis.
Em entrevista à TV TEM, a professora Maria Fernanda Miranda, da escola Profª. Maria Faria Vasconcelos, explicou que a ideia da campanha é evitar que as doenças possam prejudicar o desenvolvimento dos estudantes.
"A gente procura em todas as campanhas vacinar pra evitar qualquer doença, sempre ficamos de olho em campanhas novas" conta a professora.
A diretora Elaine Maria de Rezende Martins explicou à TV TEM que os pais são orientados durante a matrícula e que é pedido uma declaração de vacina.
"Se essa declaração não está atualizada, eles são orientados a irem em um posto de vacinação para atualizar, só assim é finalizada a matrícula" explica a diretora.
De acordo com o calendário nacional de imunização do Ministério da Saúde, as crianças devem receber 19 vacinas no intervalo entre o nascimento até os 12 anos incompletos.
Por ser obrigatório, quando a escola ou até mesmo a UBS identificam a ausência de alguma vacina na carteira, o caso é comunicado ao Conselho Tutelar.
Segundo a conselheira Ana Carolina Simão Souza, do Conselho Tutelar Norte, do início do ano até agora foram cerca de 500 denúncias em Rio Preto.
"A rede de saúde faz essa notificação e aí de forma que chegam essas notificações a gente também orienta os pais a vacinarem os filhos, colocando um prazo pra que eles possam vacinar e comprovar" orienta a conselheira.
Caso esse prazo não seja respeitado, o juiz da Vara da Infância e Juventude é oficialmente comunicado para tomar as devidas medidas.
O juiz Evandro Pelarin explicou à TV TEM que quando quando toma conhecimento dos fatos, os pais dos menores são informados que isso pode virar um processo judicial.
"Para não virar um processo os pais sempre comprovam a vacinação, pois o importante pra gente não é a punição dos pais e sim a vacinação das crianças" conta o juiz.