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Hospital usa técnica de crioterapia para auxiliar pacientes com câncer no interior de São Paulo
O Hospital Emílio Carlos em Catanduva (SP) realiza tratamento de crioterapia, utilizando gelo, água gelada e alimentos gelados como sorvetes, para auxiliar pacientes que estão em tratamentos oncológicos.
O trabalho é desenvolvido pelo Serviço de Nutrição e Dietética em parceria com sorveterias da cidade que fazem a doação de picolés e sorvetes.
A técnica da crioterapia consiste em aplicar gelo na cavidade oral ou realizar bochechos com água gelada, com a finalidade de diminuir efeitos colaterais que surgem durante o tratamento de doenças como o câncer.
Os enfermeiros utilizam os picolés durante a atividade de crioterapia, por ser um alimento que além de amenizar alguns sintomas, desperta sentimentos de afeto nos pacientes.
As sorveterias que participam da ação enviam doações de sorvetes e picolés através do setor de captação de recursos.
Uma delas faz a destinação quinzenal. Em entrevista ao g1, Gustavo Bortulussi, sócio proprietário do estabelecimento, fala sobre a participação na ação.
“O sentimento é de felicidade e gratidão em poder ajudar aqueles que precisam. De saber que através dos sorvetes a sensação deles durante o tratamento é amenizada ”, afirma Gustavo.
A ação procura desenvolver atos de humanização no ambiente hospitalar, não só com a finalidade de auxiliar na melhora, mas também no bem-estar dos pacientes.
Crioterapia
Com o aumento de pacientes em tratamento contra o câncer, o Hospital Emilio Carlos decidiu ampliar as ações com o uso da crioterapia, em conjunto com o setor de captação de recursos.
Dentro dessa técnica um dos procedimentos é adotado em tratamentos de câncer de mama, ajudando a minimizar a queda de cabelos. Isso é feito com o uso de uma touca gelada, que resfria o couro cabeludo durante as sessões de quimioterapia.
A crioterapia pode ser utilizada também para tratar efeitos mais drásticos da radioterapia e quimioterapia como náuseas, mucosite e xerostomia.
Bianca Espejo Stanquevis, nutricionista clínica oncológica, é uma das envolvidas na ação. Em entrevista ao g1 ela conta como surgiu a ideia que motivou a realização da iniciativa:
“A ação foi motivada pela busca para oferecer conforto aos pacientes, sabendo dos risco na baixa ingestão alimentar durante o tratamento contra o câncer e conhecendo os benefícios da crioterapia.”, explica Bianca.
A nutricionista, pós-graduanda em nutrição oncológica e especializada na área de oncologia, envelhecimento saudável, saúde pública e terapia nutricional, é uma das mais atuantes na ação que procura melhorar a vida de pacientes que lutam contra o câncer, de forma física e psicológica.
Colaborou Ester Perez, sob supervisão de Henrique Souza.