As obras de ampliação da Hidrovia Tietê-Paraná, nos trechos mais rasos, segue em andamento. Na sexta-feira (5), o canal de Avanhandava, em Buritama (SP), passou por explosão de solo para aumentar a profundidade no leito do rio e permitir que barcaças trafeguem no local durante a estiagem.
As obras de ampliação da Hidrovia Tietê-Paraná, nos trechos mais rasos, segue em andamento. Na sexta-feira (5), o canal de Avanhandava, em Buritama (SP), passou por explosão de solo para aumentar a profundidade no leito do rio e permitir que barcaças trafeguem no local durante a estiagem.
Com a redução no nível da água, durante o período de seca, algumas embarcações ficam impedidas de trafegar no local por conta da baixa profundidade. Por isso, foi necessária a explosão de rochas subaquáticas para facilitar a passagem das balsas e barcaças.
A Hidrovia Tietê-Paraná tem, ao todo, 2.400 quilômetros de extensão. É uma das principais rotas para o escoamento agrícola de todo o Brasil. No mês de junho, mais de 250 mil toneladas de produtos passaram pela região de Buritama.
Em entrevista à TV TEM, Denis Amorim, subsecretário de Logística e Transportes, explicou que um procedimento de segurança foi adotado para evitar a morte de peixes e outros animais aquáticos durante a explosão.
"A gente está chegando ao pico de produção. Na verdade, ela [a obra] sempre caminhou, mas existe um período inicial de aprendizado, mobilização de equipamento. É uma obra bem complexa, que envolve desmonte de rocha subaquática, mas está tudo dentro da normalidade", explica.
Obra
A obra tem o objetivo de aumentar a profundidade do trecho em Buritama em aproximadamente 1,5 metro para não comprometer o tráfego de barcaças durante a estiagem.
Por conta da baixa no nível da água, a passagem das embarcações foi interrompida pelo menos duas vezes na última década. Em 2014, foram dois anos de paralisação.
Uma obra para deixar o leito do rio mais profundo começou a ser feita em 2017. A previsão inicial era que ficasse pronta em 2019, mas, naquele mesmo ano, o governo estadual rescindiu o contrato com o consórcio de empresas encarregado pelo serviço.
Após quatro anos, a obra, orçada em R$ 293 milhões, foi retomada em 2023 e a previsão é que o trabalho seja concluído em abril de 2026.
Natália Resende, secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, explica que a passagem de balsas vai ser completamente liberada após a execução do cronograma de obras.
"É o estado como um todo e não tenho medo de falar que é o Brasil mesmo, porque a gente está falando de um transporte que é muito importante. A gente precisa, e o estado de São Paulo prioriza o transporte por esse meio aquaviário. Tivemos 120% de recorde do ano passado para cá e 2,5 milhões de toneladas de cargas variadas. Farelo de soja, soja, areia que a gente transportou e que a gente quer cada vez transportar mais", comenta.