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Com média de oito casos por dia, Secretaria de Saúde intensifica combate à dengue em Birigui

Birigui (SP) registra, em média, oito casos positivos de dengue por dia. Isso significa que, em duas semanas, 115 pessoas foram infectadas. O aumento no número de confirmações levou a Secretaria Municipal de Saúde a intensificar as ações de combate à doença.

Segundo a pasta, desde janeiro, são mais de 3.500 casos de dengue no município, com duas mortes.

Constantemente, os agentes do Centro de Controle de Vetores e Zoonoses (CCVZ) percorrem os bairros mais afetados. O objetivo é identificar locais que possam servir como criadouros do mosquito Aedes aegypti, como quintais de imóveis e terrenos baldios.

Os agentes também orientam os moradores a evitarem deixar objetos e recipientes que possam acumular água e servir como depósito dos ovos do inseto transmissor da doença.

"Os ovos depositados pelo Aedes aegypti duram até um ano e meio no ambiente. Quando chove, eles eclodem e as larvas do mosquito se desenvolvem", explica a agente de endemias do Centro de Controle de Vetores e Zoonoses (CCVZ), Rosilene Montanholi.

Em entrevista à TV TEM, Rosilene explicou que o aumento recente de casos de dengue na cidade ocorre justamente após o início da temporada de chuvas, período considerado endêmico.

A profissional pede para que a população colabore com o trabalho, permitindo que os agentes entrem nas casas para verificar se há condições para proliferação do mosquito no local.

O engenheiro civil Dennys Duarte de Caires teve dengue há duas semanas. Ele conta que começou a sentir dores de cabeça e no corpo. "Tive cinco dias de febre, cansaço, sem vontade fazer nada", relata.

A agente de endemias do CCVZ orienta as pessoas que começarem a sentir os sintomas a procurarem um médico e evitarem a automedicação.

Ações nas escolas

Além das visitas casa a casa nos bairros de maior incidência, os profissionais de saúde também estão realizando ações de conscientização nas escolas de Birigui.

Neste caso, o objetivo é orientar as crianças sobre as formas de combater a proliferação da dengue. Desta maneira, elas atuam como multiplicadoras, levando informação para as famílias.

"Aprendi que não pode deixar água parada, senão o mosquito da dengue vem, e ele causa doença", diz o estudante Ian Kevin Ramos Lima, de oito anos.