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Educação Municipal de Jales está entre as melhores do país
Mais uma vez as escolas municipais de Jales superaram metas e mostraram a excelência no ensino oferecido comprovada através do Ideb – Índice de Desenvolvimento da Educação que destacou a cidade entre as melhores do Brasil. Os dados divulgados na sexta-feira, 5 de setembro, mostrou desempenho superior aos anos anteriores, onde os alunos do 1º ao 5º ano ficaram acima da média nacional.
De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão ligado ao Ministério da Educação (MEC), alunos jalesenses apresentaram nota 32% melhor do que a média do ensino oferecido nos municípios brasileiros. Para calcular o Ideb, o Inep utiliza a taxa de aprovação escolar e o desempenho dos alunos na Prova Brasil, que avalia o aprendizado em português e matemática. A nota vai de uma escala de zero a dez e 6 é o nível considerado de países desenvolvidos, segundo o governo federal.
Em Jales, as escolas municipais se destacaram com as seguintes notas: EM Profª Maria Olympia Braga Sobrinho (8.1), EM Profª Eljacia Moreira (7.9), EM Profº Alberto Gandur (7.3), EM Profª Elza Pirro Viana (7.3), EM Juvenal Giraldelli (6.5), EM Profº João Arnaldo Andreu Avelhaneda (6.3) e EM Profª Jacira de Carvalho da Silva (5.9). Com a média 7.0, as escolas públicas municipais de Jales ficaram entre as dez melhores cidades do estado com população inferior a 50 mil habitantes.
Com o resultado, Jales obteve média superior a de cidades como Votuporanga (média 6,4 e meta de 6,9), Fernandópolis (média 6,1 e meta de 6,4) e Santa Fé do Sul (média 6,4 e meta de 5,7). No Brasil, a meta estabelecida para o Ensino Fundamental I era de 4.7 e a média nacional foi de 5.2. Jales superou, inclusive, o índice estadual que este ano passou de 5,4 em 2011 para 5,8 em 2013.
Escolas estaduais apresentam média ‘vermelha’ no boletim
Enquanto as escolas municipais se destacaram no Ideb, as escolas estaduais de Jales ficaram abaixo da meta estabelecida, seguindo tendência regional onde 7 em cada 10 cidades estão com a qualidade de ensino abaixo do esperado para o segundo ciclo do ensino fundamental (6º ao 9º ano).
Jales obteve média de 5,3, quando a meta projetada seria 5,5. As escolas apresentaram as seguintes notas: E.E. Dom Arthur Horsthuis (5,7), E.E. Professor Carlos de Arnaldo Silva (4,4), E.E. Dr. Euphly Jalles (5,3), E.E. Juvenal Giraldelli (5,0), E.E. Professora Onélia Faggioni Moreira (5,0) e E.E. Professora Sueli da Silveira Marin Batista (5.6).
Portanto, os resultados revelam muito mais do que o não cumprimento de metas. A notas mostram uma lacuna no aprendizado nas disciplinas língua portuguesa e matemática nos anos finais da educação básica, problema que está relacionado a transição do primeiro ciclo para o segundo, a divisão entre ensino municipal e estadual, e até a falta de investimentos na educação, segundo especialistas.
O resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2013 vem comprovar no papel o que todo mundo já sabe há tempos na prática: o ensino público nas escolas brasileiras começa bem, mas se torna deficiente com o passar dos anos.
Secretário diz que município investiu em Educação
Para Roberto Timpurim Berto, secretário municipal de Educação, os resultados obtidos no Ideb e a qualidade do ensino oferecida pelo município é fruto do trabalho sério desenvolvido em toda a rede municipal de ensino e do compromisso da prefeita de Jales, Eunice Mistilides Silva em investir de forma consistente na qualificação profissional dos professores, através de cursos de formação continuada e acompanhamento pedagógico, que lhes permitem um melhor desempenho em sala de aula. “Esse esforço conjunto se reflete diretamente no rendimento escolar dos nossos alunos”, disse o secretário.
Segundo o secretário, também se tem intensificado os investimentos na melhoria da rede física das escolas, entrega de maior quantidade de peças - com qualidade superior aos anos anteriores – dos uniformes escolares, construção de uma nova creche e conclusão de outra, brinquedoteca e parquinhos, regularização e ampliação do serviço de transporte e da merenda escolar, aquisição de novos equipamentos e mobiliários, ar-condicionado em todas as escolas, e implantação de novos laboratórios de informática, bibliotecas e outras ferramentas.
Índice é bom, diz Diretoria Regional de Ensino
Para a dirigente regional de Ensino, Marlene Medaglia Cavalheiro Jacomassi, apesar de o ensino para os alunos do 6º ao 9º ano terem obtido média de 5,3, ficando abaixo da meta prevista de 5,5 e bem abaixo da média 7 obtida pelo ensino na rede municipal (de 1º ao 5º ano), o índice é considerado bom. Segundo ela, a média obtida pelas cidades que compreendem a região Noroeste Paulista é uma das melhores do Estado.
“Quando analisamos resultados de avaliação escolar externa, temos que considerar os avanços alcançados pelas escolas traduzidos nestes resultados. As notas da EE Dom Artur Horsthuis e Prof.ª Sueli da Silveira Marin Batista, estão acima da meta de 5.5 para o município, com notas de 5.7 e 5.6, respectivamente”.
De acordo com Marlene, “a EE Dr. Euphly Jalles possui nota 5,3, a EE Prof.ª Onélia Faggioni Moreira e a EE Juvenal Giraldelli possuem nota 5,0. Iniciamos um projeto de ensino integral para a EE Carlos de Arnaldo Silva que manteve a nota 4,4”.
Hoje, todos os alunos estão matriculados na escola, um grande avanço democrático, que permite a inclusão dos portadores de atendimento educacional especializado, a baixa evasão escolar e a correção do fluxo idade-série.
As variáveis que interferem no desempenho são os grandes desafios que incluem o currículo escolar pautado em conteúdos, competências e habilidades, que exige formação continuada aos professores, o apoio das famílias e o processo de recuperação, numa premissa de que educação é fruto de esforços conjuntos.
A Diretoria Regional de Ensino, consultada pela equipe de A Tribuna, informou ainda que “é da natureza e da especificidade do Ciclo II uma organização em disciplinas com diferentes professores que atuam em mais de uma escola, em jornadas duplas. Também no Ciclo II, enfrentamos a falta de professores habilitados, problema agravado no Ensino Médio. Especialistas em educação e técnicos do sistema apontam a necessidade de tornar a carreira docente atrativa para os jovens, uma maior aproximação da formação superior aliada ao ensino básico, e uma política salarial que incentive a desafiadora tarefa de ensinar ao principal ente desse processo: o aluno”.
A equipe da Diretoria Regional aproveitou para parabenizar o desempenho das escolas municipais de Jales com a certeza de que as parcerias estado-município no Programa Ler e Escrever e Saresp contribuem para focar na aprendizagem dos alunos. “Agradecemos as parcerias de transporte e merenda escolar na rede estadual”, disse a dirigente Marlene que finalizou: “as escolas da Diretoria de Ensino – Região de Jales, que congrega 25 municípios, apresentaram notas dentro das expectativas das metas, tendo em vista que projeção de metas é o horizonte que indica o caminho a ser percorrido. As Escolas Estaduais de Ciclo I dos municípios de São Francisco, Santa Salete e Urânia também superaram a meta. Parabenizamos nossos educadores, alunos e famílias que no cotidiano do percurso escolar aprimoram conhecimentos”.