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Anac ouve testemunhas que flagraram voo rasante de helicóptero

 A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) ouviu na manhã desta terça-feira (17) em São José do Rio Preto (SP) a família que flagrou um voo rasante de um helicóptero, no rio Grande, na divisa entre os estados de São Paulo e Minas Gerais, no dia 27 de março deste ano.
O helicóptero passou bem perto de uma família de Rio Preto, que se divertia dentro do rio. O flagrante foi feito pelo empresário Juliano Guerta, que nadava com as filhas e o cunhado Luis Carlos Poliseli, quando a aeronave passou a cerca de 60 centímetros de onde estavam, segundo os familiares.
Em uma sala reservada no aeroporto de Rio Preto, o empresário e o cunhado dele foram ouvidos por mais de duas horas pelos agentes da Anac, que investiga o caso. A Polícia Federal de Uberaba (MG), responsável pela área onde ocorreu o flagrante, que foi em Fronteira (MG), também investiga o episódio.
O depoimento dos dois serve para tentar esclarecer alguns pontos do processo administrativo instaurado pela Anac, que verifica se o piloto cometeu irregularidades. O piloto e um dos passageiros que estavam no helicóptero já foram ouvidos pela Anac, em Brasília, mas ainda falta ouvir quem comandava a manobra.
Segundo informações da Anac, o piloto do helicóptero já foi identificado e pode ter o certificado cassado, assim como o plano de voo, a coordenada do voo e os ocupantes. Se condenado, o piloto e os ocupantes podem pegar de 2 a 5 anos de prisão. Os agentes da Anac não deram entrevistas para falar sobre o que foi conversado na reunião.
Interdição da aeronave
No dia 4 de abril, a Anac interditou o helicóptero, mas após depoimento do piloto a aeronave foi liberada.
A Anac disse, em nota, que os envolvidos poderão sofrer sanções administrativas como multas e, de acordo com avaliação do caso, ter habilitações suspensas ou cassadas.
Entenda o caso
Uma família de Rio Preto foi surpreendida pelo voo rasante de um helicóptero quando se divertia no rio Grande. Um dos familiares filmou a ação do helicóptero. A empresa responsável pelo hangar, administração e abastecimento da aeronave também averigua o ocorrido.
Na época do acidente, o empresário disse que escutou o barulho estrondoso da aeronave quando passou por cima da cabeça deles. "Meu cunhado estava filmando as crianças e sem querer flagrou este momento. Foi assustador e uma sensação terrível", disse.