A Polícia Civil de São José do Rio Preto (SP) concluiu que a dentista investigada pela morte da gerente de vendas Silvana Regina Rodrigues , de 46 anos, após os preparativos para um procedimento estético de retirada da papada não cometeu homicídio culposo.
O caso foi registrado em 2019. A vítima saiu de Franca no dia 8 de outubro e foi para Rio Preto, onde seria feito o procedimento para retirada do excesso de gordura sob o queixo, conhecida como “lipopapada”.
Porém, Silmara passou mal durante os preparativos e foi levada a um hospital, onde ficou mais de 10 dias internada. Ela foi submetida a uma cirurgia na língua por conta de machucados causados por uma convulsão e morreu no dia 19 de outubro de 2019.
Segundo o G1 apurou, a Polícia Civil chegou à conclusão, com auxílio de informações técnicas de especialistas da área da medicina, que a dentista responsável por realizar os preparativos do procedimento não agiu com imperícia ou negligência.
“Durante o transcurso deste inquérito policial, não se constatou nenhuma evidência de prática de crime. A presente investigação tinha por objetivo averiguar o possível cometimento do crime de homicídio na forma culposa, todavia, o perito do Instituto Médico Legal (IML) não teve como afirmar se houve imperícia ou negligência praticada pela dentista”, consta em trecho do relatório da Polícia Civil.
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Todas os depoimentos e documentos levantados durante as investigações foram encaminhados ao Ministério Público (MP). Agora, cabe a promotoria analisar o inquérito para decidir os próximos passos.
Ao G1, o advogado de defesa da dentista, José Eduardo Siqueira, disse, durante conversa por telefone, que a “polícia chegou à conclusão correta dos fatos que realmente ocorreram.”
Caso
Polícia investiga morte de mulher que passou mal durante procedimento para remover papada
Silvana Regina Rodrigues era tia da profissional que realizou os preparativos do procedimento estético para retirada da “papada”.
A dentista possui curso de capacitação em lipoplastia e inxertia facial. Ou seja, estava habilitada para realizar o procedimento, conforme resolução do Conselho Federal de Odontologia emitida em 2019.
Segundo informações apuradas pelo G1, a dentista realizou, antes de começar o procedimento, teste de anestesia, constatando que Silvana não sofreu nenhuma reação alérgica.
Após a aplicação do anestésico, a paciente sentiu tontura, mas melhorou. Em seguida, a profissional fez uma incisão no queixo da tia, que começou a passar mal e a demonstrar que estava convulsionando.
A secretária do consultório acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas, como não havia ambulância à disposição, a mãe da dentista, que também estava na clínica, ligou para o marido.
Ainda de acordo com informações apuradas pelo G1, o pai da dentista e o marido de Silvana compareceram ao consultório e colocaram no carro.
Durante o trajeto para o Hospital de Base, a família parou em uma clínica para pedir ajuda, ocasião em que vieram dois médicos e começaram a fazer massagem cardíaca na paciente.
Silvana foi socorrida por uma ambulância do Corpo de Bombeiros e levada ao Hospital de Base, onde passou por uma cirurgia plástica na língua e morreu 11 dias depois.