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Moradores de Rio Preto reclamam na demora no serviço do Samu

Moradores de Rio Preto reclamam na demora no serviço do Samu
15.01.2014     Fonte: g1.com

 Em São José do Rio Preto (SP) estão cada vez mais comuns as reclamações sobre a demora na prestação do serviço do Samu, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Neste mês, um idoso teve de esperar quase três horas por uma ambulância depois de sofrer uma queda.

Cada ambulância que sai dos postos de saúde ou hospital tem a missão de salvar uma vida, ou melhorar o estado de saúde de uma pessoa. Em um caso, de uma chamada de uma mulher grávida, que passa mal no terminal rodoviário de Rio Preto, a equipe do Tem Notícias foi junto.

O tempo cronometrado da reposta do Samu para o atendimento foi de sete minutos e 22 segundos. A mulher que pediu socorro foi atendida, colocada dentro da ambulância e em seguida levada para o hospital.

Em outro pedido de socorro, a ambulância sai novamente. Um idoso caiu em casa e há suspeita de fratura. Os socorristas levam o paciente rapidamente para uma unidade de atendimento, mas nem todos recebem esse atendimento tão rápido.

No caso do idoso que teve de esperar quase três horas, ele sofreu uma queda e a enteada Márcia Navarro conta que a preocupação aumentou já que ele tem hepatite C e câncer no fígado. No telefone, ficaram registradas as chamas para o Samu, a primeira foi ao 12h50. A segunda, quase duas horas depois. Na mesma tarde do acidente ela também procurou a Secretaria de Saúde do município. “Eu também reclamei na ouvidoria e eles me disseram que eu tenho de ligar daqui 15 dias para saber da resposta. Daqui 15 dias não sei nem se ele vai estar vivo ainda”, afirma Márcia Navarro.

O Samu só chegou depois que produtores do Tem Notícias cobraram explicações. “É um serviço fundamental, eu não sei como funciona a distribuição da verba que vem, mas acredito que a verba existe, então acho que ela pode estar sendo má aplicada. Enquanto não houver cobrança, as pessoas vão continuar morrendo”, diz Márcia.

Sobre o questionamento da enteada do idoso que esperou por mais de três horas pelo atendimento, o Samu em Rio Preto conta sim, com verbas federais e municipais. Cada um dos governos é responsável por 50% dos gastos. No total, o Samu de Rio Preto recebe cerca de R$ 600 mil por mês para prestar o serviço.

Outro caso de demora no atendimento aconteceu no Jardim Filomena em Rio Preto. Uma mulher passou mal e acabou caindo na calçada, os vizinhos ligaram para o Samu, mas a ambulância só apareceu três horas depois.

A estudante Maíra Castilho de Oliveira ajudou a prestar socorro e ela tirou uma foto do momento em que a mulher aguardava ao atendimento, desmaiada no chão. “A gente ligou mais de 10 vezes e eles falaram que tinham casos mais prioritários do que este e que iriam buscá-la, mas precisaria aguardar. Eu fiz a minha parte, liguei, mas eles sempre falando que tinham outras pessoas para atender”, afirma a estudante.

O Samu em Rio Preto tem nove ambulâncias, sendo que duas são para casos mais graves e funcionam como uma UTI móvel. Mas antes de mandar qualquer ambulância para rua, uma triagem é feita. As atendentes transferem as ligações para os médicos, que avaliam caso a caso. A central em Rio Preto recebe as ligações das cidades vizinhas, são em média 300 chamadas por dia. “Todos os casos de 192 são regulados por um médico, com especialização. Ele avalia e estabelece prioridade entre média, mínima e máxima de atendimento. Vamos deslocar uma unidade de suporte avançado para os casos mais graves, com enfermeiro, médico, técnico de enfermagem e socorrista. Para casos mais simples, saem apenas o técnico de enfermagem e o socorrista, então estes casos vão demorar um pouco mais”, diz Alcides Pinto de Souza, coordenador regional do Samu.

O coordenador explica que quando um atendimento é feito, a ambulância só sai para outra chamada em média 40 minutos depois. Durante esse tempo, outros atendimentos ganham ou perdem prioridade. “É um processo dinâmico, não é uma classificação única, cada caso vai sendo reclassificado durante o tempo. O próprio paciente pode ligar explicando se o caso piorou ou não e nós também ligamos”, afirma.