Os passageiros têm reclamando sobre o atraso no horário de chegada e a superlotação da linha Vida Nova Fraternidade do ônibus do transporte público em São José do Rio Preto (SP).
Conforme a Secretaria de Trânsito e Transportes, desde a última segunda-feira (3), a linha Fraternidade ganhou mais quatro rodadas de transporte coletivo, visando atender os moradores do bairro adjacente Jardim Sul, inaugurado recentemente.
Como o novo bairro ainda é pouco habitado, está em análise a ampliação da rede para melhor atender os usuários. Após as observações, a situação será reavaliada no dia 17 de fevereiro. Se confirmada a necessidade, a prefeitura disse que vai disponibilizar novos horários e rodadas na referida linha.
"Hoje, a linha do Fraternidade é considerada de grande ocupação, não de lotação, que é quando se extrapola o limite de 90 lugares ocupados. Até o momento, não há registro de lotação que justifique a ampliação de horários e rodadas. Contudo, a situação também é acompanhada visando o conforto dos usuários", finaliza a nota da Secretaria.
Segundo apurado o trajeto foi ampliado para atender o bairro Jardim Sul, o que aumentou a viagem em 10 minutos, atrasando a chegada dos passageiros que precisam fazer o transporte com outros ônibus. Com a mudança, os usuários do serviço também reclamam da superlotação.
Desde a madrugada desta segunda-feira (10), a equipe de reportagem da TV TEM acompanhou a situação dos passageiros e mostra as condições enfrentadas pelos usuários do transporte coletivo.
Imagens registradas por telespectadores mostram que a superlotação fez com que os passageiros precisassem ficar ao lado do motorista, na catraca e nas escadas dos ônibus.
A frentista Quézia Ramos de Souza usa a linha de ônibus há quatro anos. Segundo ela, o novo trajeto começou há uma semana e causa transtornos para os passageiros, que, em muitos casos, não conseguem sequer embarcar, uma vez que o motorista deixa de parar no ponto.
“A gente paga uma tarifa que no meu ponto de vista é alta para ir já cansado para o serviço e volta cansado, porque é lotação em todas as linhas”, comenta Quézia.
A professora Dulce Helena Perpétua Catosso também costumava usar esta linha de ônibus. Entretanto, precisou mudar o horário, para evitar chegar atrasada no trabalho.
“Eu pegava antigamente o das 6h10, como ele começou a entrar no bairro novo, ele passa aqui muito tarde, então eu chego às 7h no terminal, o que é inviável para mim. Então, eu mudei para às 5h40, que eu chego meia hora mais cedo. Depois das 5h30, ele vem superlotado”, comenta a professora.