O prefeito de Urupês (SP), Roberto Cacciari Filho (PL), teve o voo para Israel cancelado nesta sexta-feira (13) durante uma viagem oficial. Após conexão em Paris, ele recebeu a informação de que o trajeto seria interrompido devido à escalada do conflito no Oriente Médio.
Cacciari faz parte de uma comitiva liderada pelo vice-governador de São Paulo, Felicio Ramuth (PSD), que participaria de uma feira internacional de segurança em solo israelense.
O grupo teve o voo entre Paris e Tel Aviv cancelado em razão dos bombardeios realizados por Israel contra alvos no Irã durante a madrugada.
Segundo a assessoria do município de Urupês, o prefeito sobrevoava o Oceano Atlântico quando o ataque ocorreu. Em vídeo publicado nas redes sociais na manhã desta sexta-feira, Roberto aparece em Paris e afirma que foram surpreendidos pela notícia do confronto.
“Por sorte ainda não tínhamos decolado de Paris para Tel Aviv. Agora estamos programando o retorno ao Brasil, já que o espaço aéreo israelense está fechado”, disse o prefeito. Ele lamentou pelos conflitos.
“Muito triste. Nós lutando para cuidar das pessoas e as pessoas se esforçando para tirar vidas de irmãos”, conclui por meio das redes sociais.
Além do prefeito de Urupês, a comitiva paulista contava com os prefeitos de Barretos (SP), Guaratinguetá (SP), São José dos Campos (SP) e Ribeirão Preto (SP). A missão oficial foi organizada a convite do consulado-geral de Israel no Brasil.
O ataque
O bombardeio de Israel ao Irã ocorreu na madrugada desta sexta-feira (13), noite de quinta (12) no horário de Brasília. Alvos ligados ao programa nuclear iraniano foram atingidos, segundo o governo israelense. Entre os mortos estão Hossein Salami, chefe da Guarda Revolucionária do Irã, Mohammad Bagheri, chefe das Forças Armadas, e dois cientistas nucleares.
O ataque foi interpretado pelo governo iraniano como uma "declaração de guerra". O ministro das Relações Exteriores do Irã afirmou à ONU que Israel receberá uma "resposta dura", e o líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, prometeu um “destino amargo” ao país rival.
O espaço aéreo israelense foi fechado por tempo indeterminado como medida de precaução diante de possíveis retaliações.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que o país está em um "momento decisivo" e prometeu novos ataques “por quantos dias forem necessários”.