11/09/2015 12h38 - Atualizado em 11/09/2015 12h39
Cavalo morre após ser enterrado vivo em Santo Antônio do Aracanguá
Retroescavadeira emprestada da prefeitura foi usada para abrir buraco.
Dono do sítio poderá responder pelo crime de maus-tratos.
Do G1 Rio Preto e Araçatuba
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Um cavalo foi enterrado vivo dentro de uma vala em uma propriedade rural de Santo Antônio do Aracanguá (SP). O fato foi descoberto por um policial que faz parte de uma ONG de proteção a animais da cidade. Com a ajuda de veterinários, o cavalo chegou a ser resgatado, mas não resistiu e morreu.
O investigador da Polícia Civil Cléber Almada Vargas gravou com o celular o momento em que o animal estava sendo desenterrado, com a ajuda de uma retroescavadeira. As imagens mostram o animal com metade do corpo para fora do buraco e bastante debilitado. Durante a gravação, o policial discute com o dono da propriedade rural, que teria sido o responsável por enterrar o equino.
Segundo informações da Secretaria de Obras da prefeitura de Santo Antônio do Aracanguá, o dono do sítio pediu a máquina emprestada na quarta-feira (9) alegando que precisava abrir uma vala para enterrar um cavalo. Ainda segundo a secretaria, um funcionário da prefeitura levou a retroescavadeira até o local, mas foi embora sem averiguar se o animal estava realmente morto. Mais tarde os funcionários da Secretaria de Obras foram chamados para abrir novamente o buraco e retirar o animal de lá.
O investigador disse ao G1 que o dono do sítio tem uma autorização do Departamento de Estradas e Rodagem (DER) para recolher os animais nas rodovias e levá-los para lá. “O proprietário tem um convênio com o DER para reolher os animais abandonados na rodovia. Todo animal recolhido acaba sendo encaminhado até o local”, diz Vargas.
Segundo Vargas, no sítio ainda existem outros cavalos resgatados pelo DER, além de uma criação de porcos que é comercializada na região.
De acordo com a polícia, o proprietário do sítio deve ser ouvido pelo delegado que investiga o caso. Ele poderá responder em liberdade pelo crime de maus-tratos, que prevê pena de três meses a um ano de detenção, além de multa.