O atraso em algumas obras em General Salgado (SP) colocou o prefeito na mira do Ministério Público. Estão atrasadas as entregas de uma unidade de saúde, de uma creche, de uma área esportiva e até do velório municipal.
A promotoria quer saber porque a prefeitura descumpriu prazos, previstos em contrato. São construções importantes e que segundo os próprios moradores estão fazendo falta. No distrito de Prudêncio e Moraes quem perde uma pessoa da família tem que improvisar para fazer o velório.
De acordo com os moradores a promessa era terminar a obra do velório municipal em fevereiro deste ano, mas quase cinco meses depois e nada.
“A gente usa o salão comunitário ou então vela na própria casa mesmo”, afirma a comerciante Socorro Ferreira.
Em General Salgado tem mais obras paradas. Uma creche começou a ser construída em maio 2014 e, na placa da obra, o prazo de conclusão é de oito meses. Já se foram três anos e nada do lugar receber crianças. “Ia ser perto de casa, seria ótimo se já estivesse pronto porque não teria de ir longe”, afirma o vigilante Diego Gambi.
A construção de um vestiário de um campo de futebol começou em maio do ano passado e deveria ter sido entregue em novembro do mesmo ano, mas está tudo parado. Parte do dinheiro também deveria ser investida na modernização do campo.
O aposentado Luciano Roldão dos Santos disse que quando a obra começou, além do vestiário, disseram que seria colocado grama no campo, alambrado, arquibancada e até uma área para exercícios. Benefícios que não chegaram e que fazem falta. “Faz muita falta porque à tarde, sábado, domingo o pessoal vem ao local para jogar uma bola, fazer exercício, mas não dá”, afirma o aposentado.
Um prédio no bairro Milton Renda deveria ser uma unidade de saúde e está abandonado. Dentro dele é possível ver que algumas paredes já apresentam infiltrações. Os problemas chegaram ao Ministério Público. O promotor enviou um ofício ao prefeito pedindo explicações e os motivos dos atrasados.