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48 cidades tentaram flexibilizar quarentena em São Paulo, diz levantamento do governo

48 cidades tentaram flexibilizar quarentena em São Paulo, diz levantamento do governo
08.05.2020     Fonte: enoroeste

 Levantamento da Secretaria de Desenvolvimento Regional aponta que ao menos 48 cidades paulistas criaram decretos para flexibilizar a quarentena que o governo de São Paulo impôs há mais de um mês no estado (veja quadros abaixo).

Os dados da pasta, obtidos com exclusividade pelo G1, mostram ainda que 30 desses municípios revogaram as flexibilizações. Eles compilaram informações de 20 de março a 1º de maio.

Segundo a secretaria estadual, essas suspensões ocorreram porque a pasta convenceu as prefeituras a voltarem atrás nas medidas ou por meio de decisões da Justiça que revogaram os decretos após pedidos do Ministério Público (MP).

Mesmo assim, outras 18 cidades identificadas na pesquisa mantinham até a última sexta-feira (1º) o relaxamento das regras que foram decretadas em 24 de março pelo governador João Doria (PSDB).

O estado de São Paulo implantou o isolamento social, permitindo somente o funcionamento de serviços essenciais (como saúde, alimentação, transporte e abastecimento) e determinando o fechamento de atividades não essenciais (lazer, cultura, turismo e beleza etc).

O objetivo da medida é impedir o avanço do coronavírus nos 645 municípios de São Paulo. Na terça-feira (5), a taxa de isolamento no estado se manteve em 47%. O índice está bem abaixo da média mínima desejada para qualquer análise futura sobre isolamento social, de acordo com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, Zona Sul de São Paulo nesta quarta-feira (6).


"Nós temos dito e repetido aqui que nenhuma medida de flexibilização será adotada no estado de São Paulo se não tivermos a média entre 50 e 60%. Essa é a orientação da medicina, da ciência e da saúde. Infelizmente não estamos alcançando essa média", disse Doria.
Segundo a pesquisa feita por 15 diretores regionais da Secretaria de Desenvolvimento, Araraquara, Penápolis, Guaratinguetá, Pindamonhangaba, Araçariguama, Ibiúna, Cardoso, Jales, Urânia, Votuporanga, Guarujá, São Vicente, Amparo, Atibaia, Holambra, Piracicaba, Pitangueiras e Igarapava mantinham até a sexta passada decretos municipais que permitem a abertura de serviços não essenciais.

Entre as atividades reabertas nessas cidades estão: comércio de rua em geral, academias de ginástica, salão de cabeleireiros, escritórios e cultos religiosos _estes últimos não estavam no decreto estadual, mas são permitidos atualmente em São Paulo por conta de uma decisão federal.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) ainda recomenda o distanciamento social e o fechamento de serviços não essenciais como a medida mais eficaz para evitar a propagação do vírus.

Até o dia 1º, por exemplo, 310 cidades do estado tinham casos de Covid-19, segundo o secretário de Desenvolvimento, Marco Vinholi.

“Nós temos buscado orientar as prefeituras, que na imensa maioria tem seguido o estado”, diz Vinholi à reportagem. “E muitas delas voltaram nesse sentido, que foi o caso de Marília, por exemplo”.
“São pequenas divergências. Mas nós temos casos em que o prefeito buscou a abertura do comércio varejista em geral, e nesse caso, o que a gente orienta é que a gente possa seguir o decreto estadual”, completa o secretário.