Uma bióloga de 38 anos decidiu registrar boletim de ocorrência para tentar descobrir quem envenenou seu gato de estimação dentro de um condomínio de São José do Rio Preto (SP).
A moradora também lançou uma campanha contra maus-tratos depois que outros moradores a procuraram para relatar mortes e agressões de animais.
laine da Cunha Freitas Marascalchi contou que Luck, como o gato era carinhosamente chamado pela família, ficou desaparecido por quase uma semana.
“Na segunda-feira (18), ele foi encontrado em estado de decomposição no jardim externo de uma casa. Um guarda viu e foi nos chamar. Nós tínhamos espalhado cartazes e enviado mensagens sobre o sumiço dele. Então as pessoas estavam sabendo.”
Após encontrar o animal de estimação morto, Elaine resolveu enviá-lo a um laboratório. Exames foram feitos e revelaram a causa e a data em que o óbito ocorreu.
“Os laudos apontaram que ele morreu depois de ingerir chumbinho. Fazia quase 10 dias que o Luck tinha morrido. Ou seja, ele foi morto no começo da semana em que desapareceu.”
A bióloga explica também que o imóvel dela fica distante da portaria do condomínio. Portanto, a suspeita é de que algum morador tenha envenenado o animal.
“Ele costumava passear na rua, mas nunca ia longe e sempre voltava. Eu já tomei algumas medidas e espero que tudo isso seja resolvido.”
Outras denúncias
Como a família tinha espalhado cartazes e enviado mensagens sobre o desaparecimento do animal em um grupo de condôminos, Elaine decidiu agradecer a ajuda e avisar a todos que o gato, infelizmente, havia sido encontrado morto.
Para o espanto da bióloga, outros moradores começaram a relatar que seus gatos também tinham sido mortos ou agredidos.
Em uma das mensagens em grupo de whatsapp, uma moradora diz que mataram a gata dela no dia 1º de março. “Chorei muito. Também levei para fazer necropsia. Infelizmente, não tenho imagens e não posso acusar ninguém”, escreveu.
Em seguida, outra moradora diz que “deram um chute na boca da minha gatinha. Os dentes foram quebrados e o maxilar travou. Cuidar e gastos com veterinário não foi nada. Triste foi ver o sofrimento dela para se alimentar”.
Elaine conta que o sentimento dela foi de choque e revolta ao ler o depoimento dos moradores sobre outras ocorrências envolvendo animais.
“Algumas mulheres me ligaram para dizer que não tinham conseguido ir para frente. Então eu decidi denunciar para ver se algo é feito. Eu tenho mais um gato e um cachorro. Como vou ficar tranquila?
Campanha contra maus-tratos animais
A bióloga alega que procurou a administração do condomínio para cobrar uma posição sobre a morte de seu animal.
“No mesmo dia, entrei em contato com a administração, que disse que não poderia fazer nada, mas depois consegui falar com o síndico. Então ele começou a me apoiar”.
A administração afirmou que “realmente ocorreu a citada morte criminosa do animal doméstico de estimação”.