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Professora de Arte de Palmeira d’Oeste inova com aulas repletas de tecnologia

Professora de Arte de Palmeira d’Oeste inova com aulas repletas de tecnologia
25.06.2020     Fonte: eNoroeste

Diante da reclusão social imposta pela pandemia do novo coronavírus, professores precisam se reinventar a todo o momento com novas maneiras de pensar e agir em uma nova forma de convivência, dessa vez virtual. É neste cenário excepcional que a professora Selma vem superando novos desafios a cada dia.

Professora da rede pública estadual há 31 anos, Selma Coghi leciona aulas de arte e projeto de vida na escola estadual Orestes Ferreira de Toledo, local onde também estudou até o ensino médio.

Os vídeos das atividades curriculares dos alunos são postados no perfil pessoal do facebook da professora e no da escola, são muitos os comentários e visualizações: ‘busco exercitar a criatividade dos alunos através da realização de desafios, que em um primeiro momento gera reclamações e ao mesmo tempo os instigo a realizá-los, e vejo que, a cada postagem, estamos produzindo grandes artistas. A realização dessas atividades tem proporcionado aos alunos um contato remoto necessário para os jovens, atuando positivamente na saúde mental de cada um. Estar sozinho em casa, longe dos amigos e do ambiente escolar, também me preocupa. Já criamos um ambiente virtual de encontro e pretendo ampliar essa ação para outras salas’, ressalta Selma.

Selma Coghi também trabalha com a disciplina Projeto de Vida nos 8º e 9º anos que faz parte do Inova, programa criado pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo com o propósito de oferecer novas oportunidades para todos os estudantes do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio.

Segundo a docente, ‘as turmas de 8º e 9º anos estão em transição entre o fundamental e o médio, tempo de mudanças e escolhas que precisam ser mediadas, e isso é o que o programa inova trás na sua essência. Além disso, as competências socioemocionais também são trabalhadas e nunca foi tão necessário viver a empatia’.

Em suas postagens percebemos que a professora realmente ama o que faz, questionada sobre o amor pela profissão e as motivações do trabalho no dia a dia, Sema diz que ‘os alunos gostam e eu particularmente adoro instigá-los a ter sonhos e buscá-los alcançar. O amor pela profissão e, principalmente pela arte, me faz acreditar na educação.  A escola é um espaço que considero a extensão da minha casa. Nela qualquer desafio eu encaro.

Atualmente além das aulas faço o trabalho voluntário costurando todas as cortinas das salas de aula preparando um ambiente acolhedor para os nossos alunos.  A minha atuação ao longo da minha carreira não foi focada apenas na sala de aula. A escola como um todo precisa ser acolhedora, o aluno precisa se sentir pertencente à escola e o meu retorno pra essa escola foi marcado por um projeto desenvolvido no ano anterior que tinha o objetivo de revitalizar ambientes dentro da escola, priorizando o protagonismo juvenil.

Aqui surgiu o projeto “marcas na minha escola”, que nesse momento de pandemia precisou ser reinventado e lançando mão do uso da tecnologia que já fazia parte das minhas aulas.

Hoje através da tecnologia o que parecia inacreditável aconteceu, temos diariamente uma aproximação com a realidade dos alunos’ conclui Selma.

Ainda mesmo em meio à pandemia, Selma procurou realizar a festa junina online com os alunos. Nos vídeos, é possível notar a criatividade e elegância dos alunos que lembraram cada detalhe, inclusive dos figurinos, perguntamos a Selma como surgiu a ideia da festa junina online Selma diz que ‘é difícil falar como surgem as ideias elas simplesmente vão aparecendo pelo exercício da criatividade, a pandemia e o distanciamento social nos fizeram reinventar novas metodologias. Impossível deixar de tratar o tema junino haja vista que se trata de um patrimônio cultural brasileiro. Eu sempre gostei de tecnologia e tornar as atividades mais atrativas para os alunos na atual situação é a solução buscada por todos.

Também perguntamos sobre o uso das novas tecnologias neste período de ensino remoto e sobre os treinamentos aos professores. Ela nos disse que ‘a formação tecnológica sempre foi oferecida, o que aproveitei ao máximo  ao longo da minha carreira e hoje dentro do CMSP (Centro de Mídias do Estado de São Paulo) existe treinamento diário, mas cabe a nós buscarmos a implementação de novas tecnologias, apesar de  muitas vezes falharmos tentando acertar não temos receio a mudanças, e procuramos nos reinventar diariamente.

A secretaria da educação oferece gratuitamente alguns aplicativos para que as aulas cheguem até os alunos de maneira mais atrativa, embora vivemos com a dura realidade de alguns alunos ainda não terem acesso ao aplicativo do Centro de Mídias ou até mesmo o próprio aparelho.

Tentando minimizar essa situação lançamos uma campanha de doação de celulares em bom estado, são parcerias que vão desde a doação de aparelhos, formatação, instalação de aplicativos. Ex-alunos da escola e pessoas da comunidade, voluntariamente, ajudam nesse processo todo. Esse trabalho feito pela equipe tem nos proporcionado uma grande satisfação e surpreendentemente os aparelhos têm surgido e as entregas são feitas rapidamente para alunos carentes. E quando o celular não é possível buscamos aparelhos de TV, para que o alunos assistam às aulas, se integrando ao restante do grupo. A pandemia nos deixa um grande ensinamento nunca estivemos tão longe dos nossos alunos e ao mesmo tempo tão perto da sua realidade’ finaliza Selma.

Veja abaixo alguns dos vídeos produzidos pelos alunos neste período de ensino remoto: