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Vereador que abriu portão da Câmara isenta participação em pancadaria

O vereador responsável pela abertura do portão da garagem da Câmara Municipal de São José do Rio Preto (SP), que desencadeou a pancadaria entre a Guarda Municipal e manifestantes na noite da terça-feira (5), se defendeu nesta quarta-feira (6), em nota, dizendo que “algumas pessoas tentaram arrombar o portão”.
As imagens momentos antes da abertura do portão foram registradas pelo Tem Notícias (veja no vídeo ao lado). Nelas, Celso Luiz de Oliveira, o Peixão, (PSB), aperta o botão que abre o portão, o que acaba gerando o conflito. No vídeo é possível ouvir o vereador dizendo: “Pode abrir, vamos ver se eles (manifestantes) vão encarar nós”.
Questionado por que abriu o portão que garantia a segurança das pessoas, o vereador Peixão deu uma versão diferente do que foi mostrado nas imagens. “Acontece que eles arrombaram o portão e única coisa que pedíamos é que queríamos ir embora. Trabalhamos o dia inteiro e estou no meu direito de ir embora e sou contra a violência”, afirma Peixão.
Em nota, o vereador alega que os manifestantes bloquearam a saída dos veículos dos vereadores, que ficaram aguardando por quase duas horas dentro da garagem do prédio e só abriu o portão para que o mesmo não fosse totalmente danificado pelos manifestantes. Ele ainda alega que “não teve nenhuma participação na ação da Guarda Municipal durante o ocorrido”.
As imagens gravadas serão analisadas pela prefeitura e Polícia para avaliar a conduta dos manifestantes, vereadores e da Guarda Municipal na pancadaria que ocorreu na saída do prédio. Nelas, os manifestantes estão sentados, tentando se defender, enquanto são agredidos pelos guardas.
Os jovens protestavam pelo arquivamento de dois pedidos de abertura de comissão processante contra o vereador Fábio Marcondes (PR). Ele foi flagrado, na semana passada, dando um tapa no rosto de um adolescente de 17 anos. A agressão ocorreu quando um grupo discutia com o vereador, depois que ele se posicionou contra um projeto que beneficiaria a AMA, Associação Amigos dos Mananciais.
O menor que apanhou no rosto esteve na sessão desta terça-feira (5) e em vários momentos os manifestantes ironizavam a cena do tapa. O presidente da Casa, Paulo Pauléra, pedia silêncio. Quando a maioria dos vereadores votou contra o pedido de abertura da comissão processante, o grupo que protestava foi para a rua e bloqueou todas as saídas da Câmara. Fábio Marcondes saiu escoltado por policiais militares.
Para o presidente da Câmara, a Guarda Civil não tinha outra alternativa para desbloquear as saídas do prédio. “Houve, pelo que disseram, ofensas das pessoas que estavam ali, desconsiderando a Guarda Municipal, então houve essa reação que repudiamos, mas não podemos tirar o direito das pessoas se defenderem”, afirma.
Todos os detidos foram ouvidos e liberados. Seis ocorrências de agressão foram registradas pelos manifestantes contra os guardas municipais. O caso segue em investigação.