NOTÍCIAS
Alunos de Rio Preto cortam e doam cabelos para crianças com câncer
Com a intenção de ajudar pessoas com câncer, estudantes de uma escola particular de São José do Rio Preto (SP) cortaram o cabelo para doar para crianças que sofrem com o tratamento de quimioterapia. O ato solidário está sendo realizado até esta sexta-feira (11). No pátio da escola, foi improvisado um salão de beleza para os estudantes fazerem a doação.
As mechas arrecadadas vão ser enviadas ao Cabelegria, projeto voluntário que arrecada cabelos para a produção de perucas. Depois de prontas, as perucas são encaminhadas a crianças de todo o país. Qualquer tipo de cabelo pode ser doado, até mesmo os que já receberam algum tratamento químico.
A ideia para a campanha na escola surgiu pela internet. Duas amigas que moram na capital paulista se uniram para ajudar crianças que passam por quimioterapia e perdem os cabelos. Uma comissão de alunos da escola, com orientação da professora Thaís Carvalho de Figueiredo, abraçou a causa. “Foi feito uma sensibilização por meio das aulas de ensino religioso. Passamos vídeos e mostramos aos alunos as crianças que são beneficiadas com o projeto. Isso incentivou muita gente”, disse a professora.
A campanha mobilizou até mesmo as professoras e mães dos alunos. A bióloga Mirele Melo ficou comovida com a iniciativa. “Cortei de 10 a 15 centímetros do meu cabelo. É uma causa nobre. Vamos ajudar quem realmente precisa”, disse ela.
Outra mãe que tomou coragem para cortar as madeixas foi Girley Marques. “Não cortava o cabelo há seis anos, mas logo cresce de novo. É por uma ótima causa”. A filha dela, Iris, que também tem cabelo longo, não se importa em mudar o visual. “Vou fazer o bem para outras crianças. Por isso, vale a pena”.
Para fazer uma peruca é preciso no mínimo 180 gramas de cabelo, que pode custar até R$ 3 mil, dependendo do tamanho. Por isso, cada doação da escola é comemorada com muita alegria. “Há um impacto na questão da formação ética deste alunos para serem cidadãos mais conscientes, humanos e solidários”, afirma a diretora Cynthia Júlia dos Anjos Vilardi.