O júri popular do homem acusado de atear fogo na casa onde morava com o enteado e matá-lo carbonizado foi suspenso na tarde desta terça-feira (21) em São José do Rio Preto (SP) após o advogado de defesa do réu abandonar o plenário.
O julgamento começou às 13h30 e foi suspenso por volta das 15h. O advogado do acusado, nomeado pela Defensoria Pública, disse em juízo que estava se sentindo coagido e ameaçado por uma pessoa que acompanhava o pleito. Em seguida, deixou o local.
Diante disso, a juíza suspendeu o júri e informou que um novo julgamento será marcado com um novo conselho de sentença.
O crime aconteceu em 27 de setembro de 2022. Segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), José Ediberto Timóteo da Silva tinha histórico de desentendimentos com Hiago Fluza Maia, de 26 anos. No dia do crime, ele teria provocado o incêndio no imóvel, causando a morte de Hiago.
Segundo o MPSP, José Ediberto saiu de casa com um galão, foi até um posto de combustível, comprou gasolina e voltou. Ao chegar, usou uma picareta para atingir a cabeça de Hiago, desmaiando-o. Em seguida, ateou fogo no quarto onde ele estava.
Ao deixar o local, José Ediberto afirmou a um vizinho: "pode chamar os bombeiros que eu coloquei fogo na casa mesmo". Depois, fugiu de bicicleta.
Os bombeiros foram acionados logo depois e conseguiram controlar o incêndio com ajuda de caminhões-pipa.